Em Foco no Planet Kart

Tivemos, involuntariamente, um longo (e dolorido) pit-stop, mas o Planet Kart está de volta! E para comemorar a volta estamos preparando mais uma revolução no jornalismo eletrônico voltado ao kartismo. Claro, por enquanto é tudo segredo, mas estou certo que vocês vão adorar e volta a frequentar diariamente o Planet Kart. Aguardem!!!

 

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Geral - Da Granja para a F1 em Monza. Um kartista no cockpit de um F1!

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Marcio Quixadá no Benetton F1
Foto:Arquivo do Piloto

O Olimpo para qualquer apaixonado por velocidade é, sempre, o cockpit de um F1. Esculpidas meticulosamente por “michelangelos” da mecânica, os detalhes precisos e tecnologia de ponta são lugar comum nessas maquinas que beiram a perfeição e voam sobre rodas pelas principais pistas do mundo.

 

Dessa forma, para muitos o simples fato de se “chegar pertinho” de um F1 e sorver com os olhos seus maviosos contornos já é motivo de júbilo que certamente gerará “exageradas” histórias para três gerações, afinal para esses apaixonados, o brocardo italiano “vedere Venezia, dopo morire” é alguns degraus abaixo da ilação que bem poderia parafrasear com exatidão a afirmativa automobilística “vedere la macchina, dopo morire”...

 

 

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Marcio Quixadá - Senior Executive
Foto:Claudio Reis

Para os que sonham em ocupar um dia um desses cockpits, claro, o kartismo é passagem obrigatória, pelo que milhares de jovens ao redor desse planetinha azul aceleram forte escalando os mesmíssimos degraus que os vinte e dois seletos membros do circo máximo um dia já galgaram, torcendo pela conquista de bons patrocínios e, principalmente, por estarem no lugar certo na hora certa para serem “descobertos” por algum big boss da F1.

 

 

Well, esse história já é “manjada” e qualquer “iniciado” sabe de-cor-e-salteado esse “beabá”. Mas existe outro grupo de pilotos de kart, não menos apaixonados e competentes que sabem que sua vez, digamos, já passou...

 

Para esses, o calendário é tão inexorável quanto o cronômetro que traduz em resultado o árduo e incessante trabalho nos boxes e nas pistas, determinando que “R.G. baixo” não permite sequer sonhar com a possibilidade de esgueirar-se espremido naqueles habitáculos de fibra de carbono, kevlar, titânio e outros matérias espaciais.

 

Bem, caro leitor “velhusco”... Eram... Posto que sem necessidade de qualquer Super Rejuvenator Tabajara, dá sim para sonhar em acelerar um “puro sangue” de verdade, mesmo que por poucas voltas em um maravilhoso “Dia de Príncipe” (ia pegar mal falar em dia de Princesa, né?).

 

 

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Marcio Quixadá - Senior Executive
Foto:Claudio Reis

Competente “colega” Advogado e não menos competente piloto da disputadíssima categoria Senior Executive, o kartista paulista Marcio Quixadá (Pujol/ Quixadá Advogados) tem sido um dos destaques na temporada Granja Viana 2007, com performances de primeiríssima linha, daquelas que fazem os próprios adversários saírem elogiando. Para quem não acompanha atentamente o certame, o grid da Executive – categoria Senior, com motores Parilla 125cc refrigerados a água - contou na ultima rodada (8ª etapa) com 21 bólidos alinhados. Todos “garotos” com mais de 35 primaveras no lombo, mas que aceleram muito...

 

 

 

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Marcio Quixadá voando na Granja Viana
Foto:Claudio Reis

Pois bem, também para os leitores que não acompanham atentamente o Paulista Granja Viana, na pratica classificatória dessa 8ª rodada Quixadá garantiu a 8ª posição da grelha de partida, mas autorizada a largada tratou de impor fortíssimo ritmo em seu #16, “apertando” quem estivesse na sua frente e realizando belas ultrapassagens. Como resultado, ao final das 31 voltas regulamentares, Marcio Quixadá divisou a bandeira a quadros na 2ª colocação.

 

 

Well, agora que já devidamente “apresentado” o kartista Marcio Quixadá vamos segredar cochichando que ele é um daqueles milhões de apaixonados pela F1 que só de chegar pertinho e por a mão - ou um dedinho – em uma barata da categoria, fica uma semana em transe hipnótico. Piloto dos bons, seu sonho, claro, era sentar e acelerar um “brinquedo” desses, mas o tal de R.G. baixo sempre o trouxe à realidade e como executivo da Executive tinha de se contentar em acompanhar a categoria rainha na tela da vênus platinada com narração do Galvão.

 

Ah... Mas os desatentos de plantão não leram atentamente o tempo do verbo... Tinha...

 

 

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Marcio Quixadá cumprimenta ao final da corrida
Foto:Claudio Reis

Como bom Advogado que se preza, para Quixadá “não” quer dizer “talvez” e lá partiu ele na execução de um plano que quebrasse esse tabu. Quebrou seu cofrinho-porquinho, juntou os caraminguás, descobriu um curso na Itália de pilotagem de F1 e lá foi ele de mala e cuia (no caso o capacete) realizar seu sonho.

 

 

Claro, agora vocês querem saber tudinho... Todos os detalhes, mas para isso, nada melhor do que “ouvir” os detalhes de quem participou “Por Trás da Viseira” na aventura da Granja para um F1 em Monza!!!

 

 

O Sonho

 

Itália, 31 de maio de 2007

Autódromo de Monza

 

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No box em Monza
Foto:Arquivo do Piloto
“Depois de uma noite preocupado com a previsão de chuva para o dia seguinte, o que cancelaria o evento, saí de Milão com destino a Monza, em um belo dia de sol, para participar do curso de pilotagem organizado pela equipe Puresport (www.puresport.it), no qual teria a oportunidade de realizar o meu sonho de pilotar os monopostos de Fórmula 3 (Dallara Renault 2000cc de 180 HP) e principalmente, de Fórmula 1 (Benetton B198 Ford Cosworth V8 3500cc de 700 HP).”

 

“Entrei no portão de acesso ao paddock do autódromo de Monza, que é circundado por um belíssimo parque, e me recordo, prontamente, de que tantas lendas vivas e ídolos da Fórmula 1 já tinham feito este mesmo caminho, tais como Ascari, Fangio, Clark, Rindt, Fittipaldi, Piquet, Senna e Schumacher.”

 

“Que emoção!”

 

“Após conhecer o chefe da equipe Puresport, Rosário Campagna, comecei o ritual, de todo o piloto, de separar o material de corrida: capacete, macacão, sapatilhas, luvas, etc. Depois, dirigi-me ao ‘briefing’ junto com os 16 participantes do curso (14 italianos, 1 inglês e eu!).”

 

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Quixadá acelera o Dallara F3 em Monza
Foto:Arquivo do Piloto
“Iniciei a pilotagem no Fórmula 3 - 5 voltas -, tentando me acostumar nas primeiras voltas com o traçado, bem como o câmbio Hewland de cinco marchas, em ‘H’ invertido, sem esquecer de aquecer os pneus “slicks”. Pensei na hora, quanta informação.”

 

“Acho que estou mais acostumado com o meu Birel – Parilla 125cc da Categoria Executive!”

 

“O Dallara tem reações muito semelhantes ao kart, especialmente pela agilidade no tangenciamento das curvas, face ao pouco peso, e de ser um monoposto com dimensões menores com uma boa relação peso/potência. O único incomodo inicial foi mesmo o câmbio, embora eu tenha conseguido me acostumar com os engates, curtos e precisos, pois já no meu segundo turno de pilotagem de cinco voltas pude alcançar na reta dos boxes cerca de 210 km por hora de velocidade final. Após descer do Dallara, realmente, fiquei convicto que o kart é a escola perfeita para quem quer guiar um carro de competição, já que não me senti desconfortável, ou menos veloz de que qualquer outro companheiro de curso, em momento algum dos dois turnos de pilotagem.”

 

“Faltava agora o clímax de pilotar o Benetton de Fórmula 1...”

 

“Era a hora do almoço. Os italianos, além de saber construir grandes carros de corrida, também sabem preparar uma bela comida, embora não pudéssemos beber um vinho Barolo ou Brunello, para acompanhar o belo buffet de saladas e pastas preparado pela equipe Puresport. Eles me disseram que a comida, era igual a dos dias de competição e treinos.”

“Será?”

 

“Novo ‘briefing’ para a pilotagem do Fórmula 1, com diversas instruções para o uso do câmbio seqüencial de 6 marchas com borboleta atrás do volante, de como usar a telemetria e os “leds” indicativos do corpo do volante para a troca de marchas e de como o “traction control” interfere, caso se erre uma escalada de marcha ou se acelere antes do momento correto, após a saída das curvas. Também é explicada a forma de se aquecer os pneus, os discos de freio de carbono, bem como de não se esquecer de manter o giro em 7000 RPM com o uso da embreagem, para dar a partida e retornar aos ‘pits’ após o turno de pilotagem.”

 

“Depois de tudo isso, eu já estava com saudades do Dallara de F3!!!”

 

“Isso para se dar somente quatro voltas no traçado completo de Monza. Eu me perguntava: Como vou lembrar de tudo isso e pilotar um carro de 700 HP e que pode chegar na reta dos boxes de Monza a velocidade 360 Km por hora? Tudo bem. Vamos em frente, pois estou aqui para fazer isso, até porque sou um piloto de kart, não é?”

 

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Finalmente no cockpit da fera
Foto:Arquivo do Piloto
“Entrei no ‘copckit’ da Benetton Azul - que foi pilotada por Giancarlo Fisichela -, para que o mecânico pudesse me amarrar, literalmente, no carro, com o cinto de seis pontas. Caso este procedimento não seja bem realizado, o perigo de você se machucar, batendo no monocoque é certo. O André, chefe dos mecânicos da Fórmula 1, me explicou novamente, agora em inglês (ele é o único francês da equipe), todos os procedimentos dados no ‘briefing’, lembrando que eu deveria manter os giros em 7000 RPM para poder sair dos boxes. Caso contrário o Cosworth V8 de 3500cc iria apagar e toda a parte hidráulica não iria entrar em funcionamento.”

 

“Puxa o Gennaro e o Pujol, meus preparadores do kart, nunca me explicaram isto antes... hehehe!”

 

“O mecânico acionou o ar-comprimido e fez girar o motor. Mantive o giro e saí dos boxes... 2ª, 3ª, 4ª... Já estou na freada da primeira Variante. Comecei minha primeira volta.”

 

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Quixadá no Benetton que foi de Fisichella
Foto:Arquivo do Piloto
“A aceleração do carro é demoníaca e a capacidade de frenagem é fantástica! Ainda bem que estou bem amarrado com os cintos. Vou pilotando... Reta Grande, Roggia, 1ª de Lesmo, 2ª de Lesmo, uma, duas, três voltas... Serraglio e saí da variante Ascari para entrar na reta que dá na curva Parabólica. Pensei comigo mesmo que não podia me distrair e esquecer do ponto de freada. Estava próximo dos 240 Km por hora, em 6ª marcha e vi o ponto de freada estabelecido pela Puresport. Nos 100 metros escalei para 3ª no seqüencial, com a mão esquerda e, por frações segundo, lembrei que o Rindt bateu naquela curva...”

 

“Acelerei novamente...”

“Era a minha última volta e não podia fazer feio, até porque sou piloto da categoria Executive, a melhor e mais competitiva do Kart Sênior do Brasil!”

 

“Em instantes estava na reta dos ‘pits’ vendo a bandeira quadriculada. A aerodinâmica é perfeita, o capacete nem balança. Olhei no painel digital do volante. Estava em 6ª marcha, a cerca de 305 Km por hora!!!”

 

“Agora tinha certeza que poderia voltar aos boxes contente por não ter cometido nenhum erro.”

 

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Missão cumprida...
Foto:Arquivo do Piloto
“Pronto!”

“Entrei nos boxes, parei a Benetton, desliguei a chave geral e saí do Fórmula 1 realizado por ter tido a oportunidade de guiá-lo. Lógico sem qualquer pretensão de ser o mais rápido ou fazer tempo - até porque não fui fazer o curso em Monza com este objetivo -, mas com a certeza de um sonho realizado, de poder contar para os amigos kartistas a sensação de pilotar um carro de Fórmula 1 e de firmar a convicção que o kartismo é a melhor escola de pilotagem que se pode ter!”

 

 

Márcio Quixadá

Piloto de Kart da Categoria Executive (www.categoriaexecutive.com.br)

Kartódromo Granja Viana – São Paulo

 

 

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Marcio Quixadá - Executive
Foto:Claudio Reis

 

 

 

 

 

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Marcio Quixadá - Executive
Foto:Claudio Reis

 

 

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Marcio Quixadá - Executive
Foto:Claudio Reis

 

Última atualização ( Ter, 15 de Março de 2011 18:48 )  

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