Não foi um mero atentado terrorista. Foi um covarde e inominável atentado à liberdade de imprensa, em qual jornalistas, cartunistas e empregados do satírico jornal semanário francês Charlie Hebdo enfrentaram com seus lápis e canetas três homens armados de metralhadoras.

Foram doze vítimas do fanatismo religioso. Entre eles o jornalista, caricaturista e diretor da revista "Charlie Hebdo", Charb (Stéphane Charbonnier), e outros quatro chargistas do semanário satírico francês: Cabu (Jean Cabut), Tignous (Bernard Verlhac), Wolinski (Georgers Wolinski) e Honoré (Philippe Honoré). Todos os cinco eram chargistas de renome internacional.  

Além deles, morreram o revisor Moustapha Ourrad, o cronista Michel Renaud e a psicanalista Elsa Cayat, que assinava uma coluna quinzenal na revista. Também dois policiais foram mortos no atentado: Franck Brinsolaro, encarregado da segurança de Charb, e Ahmed Merabet, morto ao atender a ocorrência. A vítima final (a 12ª) era um simples visitante do prédio, Frédéric Boisseau, de 42 anos, empregado da Sodexo.

Ao sair do prédio, os atiradores gritaram "Vingamos o profeta Maomé, matamos Charlie Hebdo".

A imprensa mundial está de luto. O mundo está de luto. Mas não nos curvaremos e permaneceremos com nossas canetas, lápis e lentes nas mãos, como armas da liberdade de imprensa!