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Light – Marcos Peli conta “Por Trás da Viseira” a prova da categoria Super Senior

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No frio e chuvoso sábado passado (20/08) a Copa São Paulo Light de Kart retomou suas atividades, após intervalo prolongado pela realização do Campeonato Brasileiro de Kart e tendo como palco o velocíssimo Kartódromo Aldeia da Serra.

À exceção da categoria Sprinter, que reuniu em seu grid dezoito bólidos, todas as classes apresentaram grelhas pouco convincentes, o que faz acender as luzes amarelas de atenção para os organizadores do certame. Na verdade o formato de motores sorteados com fornecedor único de motores já teve seu apogeu – o campeonato chegou quase a disputar a preferência dos pilotos com a Copa São Paulo de Kart Granja Viana -, mas algo em sua formatação “desandou” e, embora com apetitosas premiações, o certame parece estar entrando na UTI e passando a respirar apenas com ajuda de aparelhos.

Competência não falta aos organizadores para identificarem rapidamente a origem dos “sintomas” e certamente tomarão medidas para que o Light volte a contar com bons grids.

Nesta rodada a prova da categoria Super Senior foi um dos destaques, com o pole position André Matinha levando com a vitória. O piloto paulista Marcos Peli (Ventriglio Preparações/ Brimak) liderou a prova até as ultimas curvas da ultima volta, mas um incidente com retardatários ceifou suas possibilidades de completar com um grande resultado o bom trabalho apresentado desde os treinos livres.

Mas para contar essa história em detalhes, nada melhor que um dos protagonistas da corrida. Confira abaixo o que Marcos Peli (Ventriglio Preparações/ Brimak) vi e sentiu “Por Trás da Viseira”:

“Depois de um longo pit-stop em função da programação de dois brasileiros que, como sempre, ocorreram no mês de julho, esta sexta etapa era aguardada com muita ansiedade por mim e por minha equipe, pois tínhamos a preocupação em confirmar o bom desempenho da etapa anterior, realizada em rodada dupla no mês de junho, e também de verificar de que forma este pit-stop temporal poderia ter prejudicado nosso ritmo, uma vez que neste período, não participamos de nenhuma outra competição de kart”.

“Resolvemos, portanto, iniciar as atividades ainda na quarta-feira, com a pista no traçado “original” e apenas com pequenos acertos na barata, mas obtivemos excelentes tempos ao final do dia. No dia seguinte (quinta-feira) nos preocupamos em passar diversos carburadores, para encontrar o “titular” para o final de semana. Foram um total de quatro “buras”, de diversas marcas, sendo que dois deles ainda nos deixaram na dúvida em função de tempos muito próximos, mas com características bem diferentes”.

“Na sexta-feira, repassamos os dois carburadores e optamos por um deles. Fizemos também uns pequenos ajustes em barras, bitola da traseira e no final do treino obtivemos o melhor tempo da classe “Super Velhos”. Para nossa surpresa, o tempo era melhor inclusive dos tempos obtidos pelos “Velhinhos A e B” (risos), fato que muito nos gratificou. Mas como dizia o lendário Juan Manuel Fangio, “Carreiras são carreiras” e resolvemos não alimentamos falsas expectativas”.

“Durante a madrugada de sábado, fui acordado pelo som da forte chuva que começava a despencar e como sempre gostei de pilotar na chuva, aquele barulho dos pingos nas telhas soava como música. Mas ao mesmo tempo sabia que todo o trabalho realizado até aquele momento, que era muito bom, estava perdido”.

“A ansiedade era tanta que ainda antes das cinco horas da manhã mandei um torpedo para meu preparador, Thiago VentriLOCO, com o seguinte conteúdo: ‘Quando você chegar na Aldeia, já compra um joguinho de pneus de chuva na lojinha, e
vê se arruma um joguinho velhinho perdido pra gente passar no warm-up pra pegar a mão da pista molhada. Faz aquele acertinho básico de 2008 que usamos na Granja, lembra?’. Nossa... escrevendo isso agora me dou conta de quanto tempo estou sem competir na chuva né? (risos)”

“Ao chegar na pista, bem mais cedo do que o habitual em função da ansiedade de poder voltar a fazer uma corridinha na chuva, tratei logo de garantir eu mesmo meu jogo de pneus na ‘lojinha’, antes que eles apocalíptica e eventualmente acabassem”.

“No warm-up, usei aquele joguinho velhinho e consegui me estabelecer em 7º dentre um grid com cerca de 70% de karts com pneus novos, sabidamente bem mais rápidos que os meus velhinhos. Mas, mesmo assim, bateu uma aflição... Será que desaprendi andar na chuva?”

“Para a tomada de tempos, com o kart já calçado com os pneus novos consegui o 2º tempo”.

“Na corrida, fiz uma largada cautelosa, mas ultrapassei o Matinha no final da primeira volta, no grampo fechado, próximo a entrada dos boxes. Daí pra frente foi “música” ao passar a conduzir sublime e prazerosamente. Claro, com algumas interrupções na ‘musica’ por conta de ultrapassagens por retardatários, digamos, muito mal sinalizadas pelos fiscais de pista”.

“Em certos momentos eu percebia claramente os mecânicos de pilotos adversários gesticulando e sinalizando aos seus pilotos para que trocassem de posição comigo, muito mais do que propriamente pelos próprios fiscais de pista, que estavam lá, entre outras coisas, exatamente para isso. Neste ponto, aqui vai meu agradecimento ao Renato, Toninho & Cia. Ltda, que demonstraram verdadeiro espírito esportista”.

“Porem, como ‘carreras são carreras’ e quem sou eu para contrariar os mestres, quis uma força suprema que eu, ao me aproximar dos 6º e 5º colocados - para dar uma volta sobre os mesmos -, acabasse rodando naquele mesmo grampo em que tinha ultrapassado o Matinha. O mais hilário (agora, por que na hora eu fiquei P. da vida mesmo!) é que isso foi na última volta da corrida e fazendo com que a vitória fosse devolvida a quem de fato deveria vencer”.

“Após a rodada ainda deu tempo pra voltar à pista e receber a bandeirada em segundo. Mactub!!!”

“Esta corrida certamente ficara pra sempre em minha lembrança de como perder uma corrida praticamente ganha por um erro de avaliação. Eu tinha boa vantagem para o Matinha, mas tomei uma decisão errada, justamente no momento em que não poderia mais errar. Como a sinalização de prova indicava na ultima passagem um minuto de prova, eu não sabia se aquela seria a ultima volta, ou se teríamos mais uma antes da bandeirada final. Em vez de frear forte – os retardatários eram muito mais lentos – e contornar as ultimas curvas atrás dos retardatários, optei naquela fração de segundo por tentar a ultrapassagem...”

“Finalmente, parafraseando o ex-pugilista Adilson “Magila” Rodrigues, gostaria de registrar um especial agradecimento para: Fabio (Riomar Kart Mini); Equipe Ventriglio: Mazinho, Thiago e Leléu; Alan Sinthes: Pelo empurrão providencial depois da rodada e para a família PK, em especial a Cris pela consideração e fé...”

“Que venha a 7ª Etapa!”

Marcos “Massa” Peli

 

Confira o resultado da Super Senior na sexta etapa da Copa São Paulo Light de Kart:

1.- Andre Matinha, com 23 voltas em 20m52s095
2.- Marcos Peli (Ventriglio Preparações/ Brimak), a 8s990
3.- Doglas Pierosan, a 22s591
4.- Marcelo Rodrigues, a 37s176
5.- Munir Aboissa, a 49s853
6.- Luiz Antonio Nista, a 50s473
7.- Enzo Sciulli, a 1 volta
8.- Antonio Carlos Ramos, a 10s350
9.- Fernando Amorim, a 10s915
10.- Jaime Drummond, a 23s278
11.- Luis Barcellos, a 2 voltas
12.- Massayuki Katsui, a 5 voltas
13.- José Augusto Dias, a 18 voltas
Pole Position: André Matinha, com 53s643
Melhor Volta: Marcos Peli, com 53s525

 

Última atualização ( Sex, 26 de Agosto de 2011 09:56 )  

Comentários 

 
#2 Carlos Eduardo de Carvalho 14/11/2011 08:45
Não sei porque eu gosto tanto dessa coluna "Por trás da viseira"...
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#1 30/08/2011 20:03
Massa valew por lembrar de nóis!!!!
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